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Notícias Estudo mostra que 34% dos jovens que vivem na zona rural não freqüentam a escola
Estudo mostra que 34% dos jovens que vivem na zona rural não freqüentam a escola PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Ag. Envolverde   
Sex, 24 de Outubro de 2003 21:00
Para os jovens que vivem na zona rural do Brasil, morar e estudar no campo é uma equação difícil de ser resolvida. Da população de 15 a 17 anos, que totalizam 2,2 milhões de pessoas, 34% não freqüentam a escola. Entre os matriculados, apenas 12,9% estão no ensino médio, nível adequado para a idade.

A constatação pertence ao estudo Referências para uma política nacional de educação no campo, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do MEC, e que faz parte das atividades do Grupo Permanente de Trabalho criado pelo Ministério da Educação com o objetivo de elaborar propostas para este segmento. O estudo foi apresentado nesta quinta-feira, durante o seminário.

Um quinto da população do País encontra-se na zona rural, somando 32 milhões de pessoas. A rede de ensino da educação básica, de acordo com o Censo Escolar 2002, tem 107.432 estabelecimentos. Metade dessas escolas possui apenas uma sala de aula e oferecem, exclusivamente, o ensino fundamental de 1ª a 4ª série. São atendidos 8.267.571 estudantes, que representam 15% da matrícula nacional. 60% dos alunos estão cursando as primeiras quatro séries do ensino fundamental.

De acordo com o estudo, a escolaridade média da população de 15 anos ou mais que vive na zona rural, de 3,4 anos, corresponde a quase metade da estimada para a urbana, que é de 7 anos. No campo, 29,8% dos adultos são analfabetos, enquanto na cidade esse índice é de 10,3%. Dos estudantes de 10 a 14 anos, 23% estão na série adequada à sua idade, taxa que é de 47% na área urbana. As desigualdades educacionais ajudam a explicar a diferença de renda. Um chefe de família ganha, em média, R$ 328,00, isto é, 38% menos do que os R$ 854,00 recebidos na zona urbana.

Em relação à infra-estrutura, as escolas rurais também estão em desvantagem. Enquanto na área urbana, 58,6% dos estabelecimentos de ensino têm biblioteca, essa é a realidade em 5,2% das escolas do campo. O mesmo cenário é verificado quanto a laboratórios de informática (27,9% e 0,5%), microcomputadores (66% e 4,2%) e de laboratórios de ciências (18,3% e 0,5%).

Diante da precariedade do capital sociocultural, decorrente do desamparo histórico a que a população do campo vem sendo submetida, e que se reflete nos altos índices de analfabetismo, a oferta de um ensino de qualidade se transforma numa das ações prioritárias para o resgate social dessa população. "A educação, isoladamente, pode não resolver os problemas do campo e da sociedade, mas é um dos caminhos para a promoção da inclusão social e do desenvolvimento sustentável", conclui o estudo. (MEC).
 

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